Estudo
Predominância do suicídio na população LGBT
Um estudo sobre as mortes por suicídio na França mostra uma vez mais uma forte predominância desses casos na população LGBT.
Na França, onde quase um falecimento em 50 é um suicídio, 5,5% dos 15-85 anos declaram ter já feito uma tentativa no curso de sua vida, as mulheres sendo duas vezes mais numerosas que os homens, revela uma enquete do Barômetro saúde 2010.
O Boletim epidemiológico semanal (BEH) publicado terça-feira uma série de estudos, dos quais cada um "é uma peça a mais do quebra-cabeça que visa melhor conhecer essa catástrofe em migalhas e cotidiana", sublinha o professor de psiquiatria Jean-Louis Terra em um editorial.
Em 2009, 10.464 falecimentos por suicídio foram registrados pelo Centro de epidemiologia sobre as causas médicas de falecimentos (CépiDc) do Inserm.
Os homens representam três-quartos dos falecimentos por suicídio (7.739 falecimentos masculinos contra 2.725 falecimentos femininos).
Em revanche, as tentativas e os pensamentos de suicídios são mais o fato das mulheres, mostra a enquete do Barômetro saúde, conduzida pelo Instituto nacional de prevenção e de educação para a saúde (Inpes) junto a 27.000 pessoas.
Um outro estudo do Instituto de vigilância sanitária (InVS) cifra em cerca de 90.000 o número anual de hospitalizações por tentativas desuicídio entre 2004 e 2007, as mulheres representando 65% das estadias.
No detalhe, o estudo revela igualmente uma mais forte predominância do pensamento de suicídio e da passagem ao ato entre a população homo ou bissexual.
"As pessoas se definindo como homossexuais e bissexuais, ou tendo comportamentos homossexuais, parecem em efeito mais tocadas pelo risco de suicídio indica o boletim semanal. O assédio e a discriminação, as quais essas minorias sexuais habitualmente definidas como lésbicas, gays, bissexuais, transgênero (LGBT) são frequentemente vítimas, poderiam agravar as causas habituais de comportamento de suicídio".
"A prevalência de TS no curso da vida foi estimado em 10,8% para as mulheres homossexuais e em 10,2% para as mulheres bissexuais, contra 4,9% para os heterossexuais. No caso dos homens, as estimações seriam de 12,5% para os homossexuais e 10,1% para os bissexuais », indica enfim o Boletim epidemiológico semanal.
(Fonte AFP e BEH)
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